quarta-feira, 30 de julho de 2014

A GASTRONOMIA ALENTEJANA



MIGAS DE "AZEITE MONTEMOR" COM CARAPAUS FRITOS


Ingredientes:
Pão duro
Alho
Azeite Montemor
Água morna
Carapaus
Farinha
Óleo

Uma ou 2 horas antes, limpe o peixe e deite umas pedrinhas de sal para tomar bem o gosto.

Numa terrina, corte o pão em pedaços pequenos. Aqueça água. Deite um pouco de água sobre o pão para amolecer.


.A GASTRONOMIA ALENTEJANA / POR JOSÉ GUERREIRO





O Petisco alentejano!

No Alentejo come-se e bebe-se muito bem. Comer, beber e petiscar são rituais, formas de conviver, de receber, de celebrar. Costuma dizer-se que na casa de um verdadeiro alentejano, tenha muito ou tenha pouco, a mesa está sempre posta. É verdade. E esta realidade confere um sabor muito especial à descoberta da gastronomia e dos vinhos. São produtos de reconhecida valia turística, mas não foi o Turismo quem os criou para consumo externo: fazem parte – e uma parte feliz – do quotidiano mais autêntico da Região. 

É bom viver no Alentejo

..A GASTRONOMIA ALENTEJANA/ CALDO DE PEIXE DA RIBEIRA------ BARBO


.A GASTRONOMIA ALENTEJANA



sábado, 26 de julho de 2014

ORFEÃO DA BANDA LIRA CERCALENSE-SAUDADES DE OUTRORA

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OS MAITESES ---------- POR ANTÓNIO GARROCHINHO.------- DO BLOG DESENVOLTURAS&DESACATOS.

OS MALTESES DA PONTE DA MARATECA - CANÇÃO DO MALTÊS POR MANUEL DA FONSECA - LENDA DA MARATECA - UM POUCO DE HISTÓRIA

OS MALTESES DA PONTE DA MARATECA - CANÇÃO DO MALTÊS POR MANUEL DA FONSECA - LENDA DA MARATECA - UM POUCO DE HISTÓRIA


OS MALTESES 


OS MALTESES PERCORRIAM O
ALENTEJO DOURADO, SEMPRE
PROCURANDO ONDE COMER E
DORMIR
.

"Maltêz significa natural da ilha de Malta,
ou cavaleiro da Ordem de Malta.
Contudo em Portugal, sobretudo no Alentejo,
não se sabe bem porquê, atribuiu-se o nome
de maltês, a mendigos de passagem, índividuos
mal encarados, "homens desprezíveis". A pala-
vra maltês, é quase sempre empregada com sen-
tido prejurativo"


As condições de vida no Alentejo, por meados do sec XX, eram muito penosas, e o número de pessoas sem trabalho fixo, ou mesmo, sem nenhum trabalho, era muito elevado, sendo a única possibilidade de sobrevivência, a esmola.
Parte desses homens que andavam de Vila em Vila, de aldeia em aldeia, e até de Monte em Monte, eram denominados malteses.
Ao contário dos ciganos, que chegavam a permanecer num sítio, por vezes, uma semana; os malteses, esses, nunca dormiam no mesmo sítio mais que uma noite, circulando sempre, entre os locais onde sabiam ter certa uma esmola, quase sempre em alimentos, como sopas de pão aletejano , migas, etc, etc.
Na região Castro-Almodôvar, os malteses circulavam, por exemplo, entre o Pereiro, o Barrigão, Monte-Gordo (ao pé do Rosário), Várzea da Fôrca, São Marcos da Ataboeira, Torre Vã, Do Testa, etc. etc-
No Do Testa, os senhores de terras da Casa Grande, instituíram mesmo, aquilo a que chamavam a Casa da Malta, ou Casa dos Pobres, onde diàriamente permitiam que os malteses pernoitassem, fornecendo sacos que estes enchiam de palha apanhada na eira, no monturo, e também lhes davam o jantar:

"Olhem lá, vâo ali para o pé
da casa, quando soar a corneta,
venham, que têm uma sopa que
lhes damos
"

diziam os da Casa Grande aos malteses que iam chegando dos caminhos.
O Tio João Guerreiro, maltês de São Marcos da Ataboeira, que andava sempre com uma concertina, por vezes, ficava mais de um noite, animando os serões com as suas modas e as suas estórias e ditos.
Os senhores de terras tinham vantagens em ajudar os malteses, pois, estes. eram gente pacata que não roubava, aceitando de boamente o que "generosamente" lhes ofereciam, e até defendiam a propriedade com a sua presença.
Um dos principais protectores dos malteses, (além do já falado, Senhor da Do Testa) era o José Nobre da Torre Vã. Era tal o Poder do fazendeiro que, todo o maltez que se acoitasse na Torre Vã, sentia-se protegido até da própria GNR, e dizia-se, que quem não queria ir à tropa, ia trabalhar para as terras da Torre Vã.
Alguns dos malteses passavam frequentemente no Monte da Ribeira. O Blé Careto, que era de Almodôvar, chegava a fazer pequenos serviços, como arranjar paredes, muros, "porteiras" e outros trabalhos.

"Oh Tia Felicidade, hoje venho cá
almoçar, arranjei ali uma parede
...."

Mas para ser maltês, havia que adquirir alguns conhecimentos básicos, como contava o Tio Abílio, no dizer do Zé Batista;

"Havia como que um verdadeiro curso de maltês. Era 
tirado na Marateca, e lá os "candidatos", aprendiam 
a jogar o pau, e fazer migas, atiçando uma fogueira
debaixo da Ponte. Diz a lenda, que eles só estavam
preparados, quando atiravam ao ar as migas, e as
apanhavam, correndo com a frigideira para o outro
lado da Ponte
"

quinta-feira, 24 de julho de 2014

GRUPO CORAL FEMININO AS PAPOILAS EM FLOR

http://vimeo.com/101638638



PROJECTO 1042
Gravado a 26 de Junho em Santo Aleixo da Restauração, Moura, Alentejo
Realização: Tiago Pereira 
Som: Telma Morna
Produção: ADC Moura

ROSTOS DO ALENTEJO


OS MALTESES ------ POR JOSÉ GUERRERO



JÁ LÁ VÃO UNS ANOS , muitos, quando os Malteses me pediram para fazer a apresentação do seu trabalho "Raspinga" num espetáculo por eles realizado no cine-teatro de Almodôvar .
Encontrei hoje um apontamento que para o efeito à data tinha rascunhado e que tenho o prazer de partilhar com os amigos :
"OS MALTESES"
Em nome dos Malteses agradeço a vossa comparência neste espetáculo de apresentação publica do "Raspinga", um trabalho agora editado em CD ,mas há muito sonhado por este grupo que contra ventos e marés tem sabido manter-se firme na sua cruzada que passa pela divulgação e dignificação da musica popular.
E posso dizer-lhes que tudo começou há muitos anos quando o Toy Gonçalves, o Jorge Filipe, o João Neves e o Fernando Jesus, então na Amadora, se sentiram seduzidos pelo apelo das raízes, e resolveram cantar para sublimar a saudade .Lá mesmo, constituíram "Os Malteses".
Quando em 1986 o Toy voltou para casa, trouxe consigo o gosto pela musica e o fascínio der ser maltês .A ele se juntaram outros que tais, como o Carlos Rosa, o Biana, o José Carlos Godinho, e com estes ,ainda se fizeram à estrada ,entre outros : o José Manuel Parrinha, o Edgar Nunes, o Rui Santana, o João Paulo, o Ricardo, a Lurdes e a Blandina, enfim, um conjunto vontades que foram emprestando a sua voz e arte aos Malteses.
E porque o presente é um somatório de memórias, não podíamos hoje deixar de lembrar , individualizando, quantos partilharam os prazeres e as aflições que fazem a história dos Malteses.

Bom .e cumprida esta quase formalidade....
é tempo de ouvirmos cantar.....
e vamos começar com o tema ....

SOMOS MALTESES
e depois...
CEIFEIRA
moda do cancioneiro popular do Alentejo
interpretada em memória de dois almodovarenses amigos do cante que cedo no deixaram : António Cândido e António Gil

É agora tempo para passar a apresentar os Malteses atuais :
Toy Gonçalves................vozes, bandolim e guitarra
Carlos Rosa.....................vozes , percussão
Biana..........................viola baixo, vozes
Silvie Rosa......................vozes
Orlando Mendinhos............percussão
Zé Pedro.........................guitarra
Zé Gonçalo....................técnica
Pébil................................

E vamos continuar com as vozes e a musica dos Malteses.
agora.......

trigueirinha da serra
seguidamente vamos ouvir outro trecho do nosso cancioneiro popular
menina florentina
quando um homem está sozinho no seu monte
lá no meio da natureza
escutando a agua a cair da fonte
é dono de uma riqueza

á agora a vez do meu Montinho
instrumental......raspinga
garrafão, garrafão
agradecimentos:
a todos quantos têm seguido e estendido a mão aos Malteses
à CM Almodôvar
Junta de freguesia de Almodôvar
CCRA
Cortiçol
Sociedade Artística Almodovarense
Juventude Almodovarense
e
In loco

e vamos continuar.....
agora com uma moda de baile
olha a pombinha
cigano lindo cigano
Laurinda
na monda

ROSTOS DO ALENTEJO


ROSTOS DO ALENTEJO


ROSTOS DO ALENTEJO


ROSTOS DO ALENTEJO