segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

POEMA SEM TITULO, DE JOSÉ FRANCISCO VAZ

Oiço o vento que me murmura segredos;
O sol beija-me o rosto.
deitado na erva fresca, o aroma das flores enebria-me os sentidos e este chão que piso
é sangue do meu sangue!
Agora corro, corro como louco,
seguido pelo verde esperançoso das estevas e dos rosmaninhos....
Tudo isto é vida, mistério, sabedoria!
Sentado, nesta pedra gigante e ancestral, que parece observar tudo em seu redor,
qual guardiã da mais nobre fortaleza, sou feliz!
A terra pertence-me...cheiro-a e sinto-lhe o sabor.
É fonte de vida, riqueza, fertilidade,
pão para a minha boca.
É princípio e é fim!
Já nem sei quem sou,
só sei que a seiva das plantas me corre nas veias,
que o vento me embala e adormece e que o canto dos pássaros é a minha voz.
Tudo à minha volta tem algo para me contar,
as árvores, as flores, os pássaros, as pedras..
.ansiosos, a borbulhar de vida.
Eu sou bébé, pequenino, indefeso,
mas rodeado e protegido por esta paisagem.
A MINHA PAISAGEM!

José Francisco Vaz