segunda-feira, 26 de setembro de 2016

MUSEU REGIONAL DE BEJA. CONVENTO DA CONCEIÇÃO:



O Convento da Conceição , onde se encontra instalado desde 1927 o Museu Regional de Beja, foi fundado em 1459 pelos Infantes D. Fernando e D. Brites, pais de D. Manuel I , com a designação de Real Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição. O Convento, da ordem de Santa Clara e sujeito a jurisdição franciscana, foi favorecido de protecção real, tornando-se um dos mais ricos e sumptuosos do reino.
O Convento da Conceição , onde se encontra instalado desde 1927 o Museu Regional de Beja, foi fundado em 1459 pelos Infantes D. Fernando e D. Brites, pais de D. Manuel I , com a designação de Real Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição. O Convento, da ordem de Santa Clara e sujeito a jurisdição franciscana, foi favorecido de protecção real, tornando-se um dos mais ricos e sumptuosos do reino.

VILA DE FRADES --- VIDIGUEIRA




NO SEU LUGAR O MONTADO .



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

MOINHO DE VENTO EM CORTE GAFO DE CIMA --- MÉRTOLA


FESTIVAL DO TOMATE EM ALVALADE SADO --- SANTIAGO DO CACÉM

Festival do Tomate de Alvalade com balanço positivo

Comidas com sabores a tomate conquistaram Santiago do Cacém 

O município de Santiago do Cacém levou a cabo, entre 9 e 11 de setembro, a segunda edição do “Festival do Tomate de Alvalade, Mimosa − Mostra gastronómica nos restaurantes”, que contou com o apoio da Junta de Freguesia de Alvalade, da Alensado e da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. O objetivo principal "passava por impulsionar a economia local através de um produto de reconhecida qualidade como património gastronómico local − o tomate −, mas também promover a gastronomia", salientou a câmara de Santiago do Cacém. 
Restaurantes de Alvalade aderiram à iniciativa 

"Tive oportunidade de falar com alguns dos empresários no decorrer do evento e o balanço é claramente positivo", assegura o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha. “Este ano, o facto de termos antecipado o Festival algumas semanas e de o tempo ter ajudado, pois estava um fim de semana convidativo a sair, a almoçar e a jantar fora, teve um reflexo positivo. Os restaurantes estiveram praticamente todos cheios, quer ao almoço, quer ao jantar”, sublinha o autarca.
 “Ou seja, aquilo que foi objetivo principal − ajudar a promover a economia local, neste caso a restauração − foi claramente alcançado e, por outro lado, promoveu-se também este produto que é fundamental na freguesia de Alvalade. Estamos satisfeitos com o resultado”, conta Álvaro Beijinha.
Foram oito os estabelecimentos que disponibilizaram iguarias tendo como base o tomate: Restaurante Churrasqueira da Mimosa; Restaurante Cantinho da Mimosa; Restaurante Alvalade, Restaurante São Sebastião da Mimosa; Snack-bar O Messias; Casa de Petiscos O Bombeiro; Tasca do Zé e Restaurante Alentejano. 
Panqueca com queijo fresco e doce de tomate, tomatada de sardinhas, creme de tomate com marisco, choco frito com arroz de tomate, cheesecake de tomate, pão alentejano torrado com azeite e tomate, doce de tomate com pinhão e requeijão, lulas recheadas com molho de tomate, ou bochechas de porco preto com molho de tomate foram algumas das propostas que deliciaram os visitantes.
Os pratos ao dispor dos visitantes foram todos confecionados com tomate de Alvalade, produzido por associados da Alensado. Este ano, todos os restaurantes da freguesia aderiram à iniciativa, o que significa um acréscimo de três restaurantes em relação à edição anterior.

UM POSTAL DA ALDEIA DA PORTAGEM --- MARVÃO




… Por Terras do Norte Alentejano … entre a piscina fluvial e o Sever Rio Caffé … na aldeia pitoresca de Portagem

terça-feira, 13 de setembro de 2016

TEXTO EM EXPRESSÕES ALENTEJANAS


"Alentejo do mê coração!!!

Eu - Abalei às 15h…
Ele - Tu o quê??
Eu - Abalei…
Ele - O que é isso?
Eu - Ora, fui-me embora…
Todo o bom alentejano “abala”, para um sítio qualquer que, normalmente, é já ali. O ser já ali é uma forma de dizer, que não é muito longe, mas claro que qualquer aldeia perto, aqui no Alentejo, está no mínimo a cerca de 30km. Só um alentejano sabe ser alentejano!
Um alentejano “amanha” as suas coisas, não as arranja, um alentejano tem “cargas de fezes”, não tem problemas, um alentejano vai “à do ou à da…” não vai a casa de…, um alentejano “inteira-se das coisas” não fica a saber… No Alentejo não há aldrabões há “pantomineiros” e aqui também não se brinca, “manga-se”.
No Alentejo não se deita nada fora, “aventa-se” qualquer coisa e come-se “ervilhanas” ou “alcagoitas” (amendoins) e “malacuecos”ou "brinhol" (farturas). Os alentejanos não espreitam nada nem ninguém, apenas se “assomam”… E quando se “assomam” muitas vezes podem mesmo ter dores nos “artelhos” (tornozelos)!
As coisas velhas são “caliqueiras” e muitas vezes viaja-se de “furgonete” (carrinha de caixa aberta), algo que pode deixar as pessoas “alvoreadas” (desassossegadas). Quando algo não corre bem, é uma “moideira” (chatice) e ficamos “derramados” (aborrecidos) com a situação, levando muitas a vezes a que as pessoas acabem por “garrear” (discutir) umas com as outras e a fazerem grandes “descabeches” (alaridos).
“Ainda-bem-não” (regulamente) as pessoas tem que puxar pela “mona” (cabeça) para se desenrascarem quando muitas vezes a solução dos seus problemas está mesmo “escarrapachada” (bem visível) à sua frente.
Não estou “repesa” (arrependida) de ter escrito esta pequena crónica, com vista a lembrar detalhes do património oral que nos é tão próximo e muitas vezes de “bradar” aos céus. “Dei fé” (pesquisei) a algumas expressões e tentei não vos criar, a vós leitores, uma grande “moenga”, apenas quero que guardem algumas destas expressões na vossa “alembradura” (lembrança)!"

A VISITAR O PORTO PALAFÍTICO DA CARRASQUEIRA ----- ALCACER DO SAL




A visitar o Porto Palafítico da Carrasqueira


Há lugares que pararam no tempo. Que deixam um travo a nostalgia, como se nos tivéssemos esquecido de qualquer coisa lá atrás. Ou como se o passado nos puxasse a saia para que olhássemos para baixo. O Porto Palafífico da Carrasqueira é um desses locais.
porto palafitico carrasqueira
Localizado na freguesia da Comporta, no conselho de Alcácer do Sal, no litoral alentejano(mas distrito de Setúbal), este porto foi construído pelas mãos dos próprios pescadores na década de 1960. Aqui, começou por se apanhar amêijoas, ostras e outros mariscos e o número de pescadores na Carrasqueira foi aumentando, o que fez nascer a necessidade de acomodar muitas embarcações.
porto-palafitico-carrasqueira-3
porto-palafitico-carrasqueira-2
Como a margem do rio Sado é uma zona lodosa, os pescadores sentiram a necessidade de criar plataformas que lhes permitissem chegar aos barcos sem se sujarem e com maior facilidade. A solução foi a criação de um cais de madeira que, desde então, tem vindo a crescer num ziguezague de passadiço de madeira ao longo do Estuário do SADO.
porto-palafitico-carrasqueira
porto-palafitico-carrasqueira-4
porto-palafitico-carrasqueira-6
No início de Setembro estive no Porto Palafítico da Carrasqueira e tive oportunidade de falar com alguns dos pescadores. O Jorge contou-me um pouco acerca da história da sua vida e aproveitou também para falar das Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que decorria nessa semana. Organizada pela Comunidade Piscatória da Carrasqueira, este é um momento de agradecimento, de alegria e de orgulho. Durante estas festas decorre o Círio fluvial, em que as embarcações desfilam decoradas pelo Estuário do Sado, numa espécie de procissão fluvial. Existe também baile, jogos tradicionais e música ao vivo.

Se estiverem de passagem pela Carrasqueira, não deixem também de reparar nas cabanas feitas de colmo, emblemáticas desta região. Estas habitações eram construídas pelos pescadores e trabalhadores rurais, aos quais a Herdade da Comporta não permitia construir casas com materiais mais duradouros.
porto palafitico carrasqueira
porto-palafitico-carrasqueira-8

UMA NORA NUM BASTANTE ESTADO DE DEGRADAÇÃO




… A Nora … engenho de tracção animal para tirar água dos poços, constituída por uma roda que faz movimentar uma cadeia metálica à qual estão presos os alcatruzes … possui uma haste horizontal acoplada a um eixo vertical que por sua vez está ligado a um sistema de rodas dentadas que faz circular o conjunto de alcatruzes entre o fundo do poço e a superfície exterior … os alcatruzes descem vazios, são enchidos no fundo do poço, regressam e quando atingem a posição mais elevada começam a verter a água numa calha que a conduz ao seu destino … o ciclo de ida e volta dos alcatruzes ao fim do poço para tirar água mantém-se enquanto se fizer rodar a haste vertical e o poço tiver água … estes engenhos vieram em muitos casos substituir a picota ou cegonha anteriormente utilizados como engenhos principais para tirar água na Península Ibérica onde devem ter sido introduzidos pelos árabes 

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA EM CASTELO DE VIDE






... Numa rápida visita por Terras da Notável Vila de Castelo de Vide … Além-tejo Momentos registou com muito agrado "Um olhar sobre a natureza e paisagem de Castelo de Vide" a exposição de fotografia de Joaquim Iria Batista e de Luís Iria no Arco dos Paços do concelho que mostra excelentes olhares sobre esta região … integrada no Festival Internacional de Fotografia da Natureza de Castelo de Vide - PHOTOVIDE 2016, organizado pelo FAPAS - Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens com o apoio da Câmara Municipal local 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

TERMAS ROMANAS DE ÉVORA





As Termas Romanas de Évora terão sido construídas entre os séculos II e III. Foram descobertas no final de 1987, aquando das escavações arqueológicas na parte mais antiga do edifício da Câmara Municipal da cidade, no Largo do Sertório. Como qualquer habitante de Évora poderia sempre prever. Sempre que há escavações no centro histórico encontram-se mais vestígios do passado.
Terão sido estas as termas públicas da cidade da época. Possivelmente, também, o maior edifício público da Évora Romana. Quando se fala em termas romanas é importante perceber que estas desempenhavam um papel essencial na vida deste povo. Para além da questão da higiene, as termas eram locais onde os cidadãos podiam conversar, conviver e até negociar.
As cidades em que os Romanos habitavam eram compostas por vários serviços para garantir a higiene, limpeza e conforto dos seus habitantes. Daí a sua preocupação com o abastecimento de água. Para isso construíam aquedutos.
.
As Termas Romanas de Évora na Câmara Municipal têm uma área de cerca de 300 m2 e, como todas as termas romanas, são compostas por três áreas distintas: o Laconicum, o Praefurnium e a Natatio. O Laconicum, sala circular com abóbada nervurada e estrelada, revestido com placas de mármore, era utilizado para banhos quentes e de vapor. Esta era a sala com a temperatura mais alta. No seu centro encontrava-se um grande tanque circular embutido no solo, com três degraus, rodeado de um sistema de aquecimento, o hipocaustum.
No Praefurnium, espaço escavado apenas parcialmente, pode ver-se uma fornalha, onde se queimaria a lenha para levar ar quente, por exemplo, ao hipocaustum do laconicum. Este servia de sistema central de aquecimento da água e do ar das outras salas.
A Natatio era uma piscina retangular ao ar livre, rodeada de pórticos. No lado leste da piscina eram lançadas as águas das termas. Pensa-se que estas águas eram trazidas por um aqueduto próprio que, possivelmente, terá sido o antecessor do Aqueduto da Água de Prata. Neste momento, não é possível visitar esta Nesta cidade do coração do Alentejo, muito foi destruído e reconstruído ao longo dos séculos, devido a sucessivas guerras e sucessivos governos, mas muito ainda ficou para dar razões de deslumbre a todos aqueles que por cá passam e por aqueles que estudam os achados da cidade.Évora revela-se, com mais este magnífico monumento, uma fonte de riqueza sem fim, seja a nível histórico, seja a nível arqueológico.


Venha deslumbrar-se com estes banhos públicos. Feche os olhos e, quem sabe, aventure-se num banho imaginário intemporal nas termas romanas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

ALVALADE INFORMAÇÃO



Anjo músico tocando flauta (?) rodeado de querubins — em Igreja da Misericórdia de Alvalade (1570), centro histórico.

------------------------------------
Conforme avançam os trabalhos de conservação e restauro nas pinturas murais a fresco da Misericórdia (finais do séc XVI e inícios do séc. XVII ?), mais perto ficamos da sua beleza pictórica e real valor histórico e cultural. Um trabalho minucioso, necessariamente lento, com os técnicos da empresa "Mural da História" (https://www.facebook.com/crmuraldahistoria) a percorrerem cada centímetro da abóbada da igreja quinhentista alvaladense como verdadeiros cirurgiões pictóricos... Respeitando a obra e as marcas da história, ou não estivéssemos na presença de uma equipa técnica muito experiente, conhecedora e de valor reconhecido em boa hora escolhida e destacada para Alvalade pelo município.
A recuperação dos frescos da Misericórdia é, sem grande discussão, um dos mais importantes acontecimentos culturais dos últimos anos na freguesia e a valorização de um recurso com potencial para colocar Alvalade nos roteiros do turismo histórico e cultural da região.


ALVALADE INFORMAÇÃO


Anjo músico tocando num órgão de tubos (?) rodeado de querubins — em Igreja da Misericórdia de Alvalade (1570), centro histórico.

ALVALADE INFORMAÇÃO


Pormenor decorativo da 'saia' da abóbada — em Igreja da Misericórdia de Alvalade (1570), centro histórico.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MUSEU DO TRABALHO EM ABELA ---SANTIAGO DO CACÉM



Em pleno largo 5 de Outubro, num edifício datado da década de quarenta do século passado, que já funcionou como escola primária, posto médico e quartel da Guarda Nacional Republicana, está instalado, desde maio de 2008, o Museu do Trabalho Rural.
Um museu que pede tempo para ver e para sentir. Logo à entrada uma inscrição do escritor Miguel Torga recorda esse tempo: «O Alentejo lembra-me sempre um imenso relógio de sol, onde o Homem faz de ponteiro». Dá-se o mote. Fala-se do território e dos seus protagonistas. A exposição começa por um enquadramento físico do concelho. Um jogo entre planície litoral/serra/planície interior e a forma como a orografia, o clima, o solo influenciam a ocupação humana. Ilustra-se com amostras de terras. Complementa-se com a preciosa Carta Agrícola de Gerardo Augusto Pery (século XIX), com instrumentos topográficos.
Antecipando a subida ao segundo piso, percorrem-se instrumentos agrícolas: uma charrua Melotte, testemunha a brutalidade no lavrar a terra, esforço para seis juntas de bois.
Num recanto um expositor não esquece as mãos engenhosas do concelho com mostra de artes tradicionais: latoaria, cestaria, bordados. Próximo, recordam-se as feiras tradicionais, espaços para «o pregão dos
vendedores, a lamúria dos mendigos, as gargalhadas das multidões», como se explica.
Sobe-se ao segundo piso, inicia-se uma viagem pelos ciclos da terra. Objectos e imagens contam a lavra, a cava, o desterroar e as sementeiras, as mondas, as regas, as ceifas, as debulhas, o armazenamento dos cereais. Trigo, arroz, centeio, desfilam contados pelos objectos, pela fotografia e pelas descrições. Ficamos a saber que a debulha dos cereais se fazia por quatro métodos: a pé de gado, a trilho, com malho, mecânica. Surpreende a dimensão da forca; a força a que obrigava. Admira-se o engenho: dedeiras fabricadas com canas, para evitar ferimentos. Um cantinho é destinado aos transportes: o carro e a carreta de bois, o carro cantador, os arreios, a ferragem das bestas. Num expositor não podemos deixar de reparar: antigas publicações em torno do mundo rural: lavoura portuguesa (1955), Gazeta das Aldeias (1913), O Lavrador (1910), Almanaque O Século (1955).
Um pequeno mundo com porta aberta para o Largo 5 de Outubro, a avistar a Igreja ao cimo da rua.
Um espaço que, apesar de se situar na pequena aldeia de Abela, uma das 11 sedes de freguesia de Santiago do Cacém, pretende mostrar parte da vida rural do concelho.

Copiado da página do Facebook do Diário do Alentejo: https://www.facebook.com/diariodoalentejo e do site:http://www.cafeportugal.net/pages/sitios_artigo.aspx?id=1466

MARVÃO







REGISTOS DA MURALHA DO CASTELO DE ALTER PEDROSO-----ALTER DO CHÃO.