sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NÃO TEM SENÃO UM VESTIDO

Mote

Não tem senão um vestido
Uma Mulher que vou falar
Em querendo ir a passeio
Primeira tem que o ir lavar

Em aquele estando rasgado
E depois que já não preste
Estou para ver o que veste
Em querendo ir a qualquer lado
Se precisar remendado
Já não vai ter nenhum sentido
Ou se precisar cozido
Não vai da mesma maneira
Está uma mulher na figueira
Não tem se não um vestido

Se fôr uma companheira
Por exemplo desafiala
Pega no vestido e abala
Vái lava-lo á ribeira
Ou em casa quando queira
Menos tempo demorar
Outro não pode levar
Porque não tem mais nenhum
Pois vestidos só tem um
Uma Mulher que vou falar

Enquanto aquele sujo tem
Seja de inverno ou verão
Veste um então de união
Que é onde o adubo vem
Pois desses são mais que cem
Que deles é um enleio
Dos outros não temque sei
Nem na mala nem no baúl
Tem de ir lavar o azul
Em querendo ir passeio

Com o seu vestido envelhado
Muito satisfeito vai
Mas já de casa não sai
Se ele precisar lavado
Já está todo esfarrapado
É dela tanto esfregar
Outro não tem para enfiar
Só com aquele é que anda
Pois se vai a qualquer banda
Primeiro tem que o ir lavar.!!!!!

Antonio Canilhas