São milhares de pombas brancas
Papoilas vermelhas, paixão
É a tua e a minha mão
Mostrando as palmas abertas
Por onde deslizam dádivas
Que vão desaguar no mundo
Aconchego num segundo
Ao menino que nasceu
E logo de frio tremeu
O Natal é como um espelho
Que a nossa imagem reflecte
Quem dera que ele projecte
As flores que te quero dar
Ombro amigo para reconfortar
Um pouco de atenção
Também quero dar-te a mão
Num desejo de Natal
Muita paz e amor igual
Ao que Maria aclamou
Quero dar-te a manjedoura
Onde o menino nasceu
Jaz nela uma estrela vindoura
Para iluminar o teu céu.
Feliz Natalina
Antonia Ruivo Escritora Alentejana.