quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

PEDRO MESTRE CAMPANIÇA DO DESPIQUE E CONVIDADOS------------- Janita Salomé, António Zambujo, Rui Vaz (Gaiteiros de Lisboa), Fábia Rebordão, Jorge Fernando, Guilherme Banza, Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento, Cantadores do Sul, Campaniça Trio, Tânia Lopes, Vasco Sousa e José Manuel David

O PORCO DO MONTADO Á MESA


O PORCO, DOS MONTADOS À MESA




Lavagem das tripas numa qualquer ribeira, usual em tempos 

que já lá vão.

O PORCO DO MONTADO Á MESA



saudades da chaminé, dos bons lumes, do sabor e do 

cheirinho do fomeiro alentejano

O PORCO DOS MONTADOS Á MESA


Nesta altura do ano, no Baixo Alentejo, ligado à tradição da matança do porco, com o sangue e com a cachola (o fígado) faz-se um prato muito apreciado: a Moleja.
Fica aqui a receita: 
Colocava-se no alguidar de barro 1/4 l de vinagre e alguns dentes de alho esmagado, e umas pedra de sal. Aparava-se o sangue do animal lá para dentro, mexendo sempre, com uma colher de pau (não se pode parar de mexer se não coalha).
Ao lume em cima duma trempe, colocava-se um tacho de cobre ou de arame como o da figura, com um pouco de água a amornecer. (a ideia é que a água fique sensivelmente à temperatura do sangue, que está quente do porco) e junta-se o sangue (sempre mexendo) e acrescentam-se mais alguns alhos pisados num almofariz, folhas de louro e cominhos, e vai cozendo, sempre com alguém sentado, mexendo e vigiando. 

Paralelamente, frita-se com banha (já digo porque se deve usar uma boa quantidade), o fígado do porco cortado aos quadrados pequenos, a que se costuma juntar também o coração e um pouco de bofe (pulmão), temperado com sal, folhas de louro, alhos, uma pinga de vinho branco, e os tais cominhos também.
Quando a carne estiver frita (fica com sabor a iscas), reserva-se, adicionando toda a gordura desta fritura à dita cuja Moleja que está ao lume, deixando cozinhar mais algum tempo em lume brando para que a moleja possa ainda absorver o gostinho da gordura da cachola.

Vai-se provando, a moleja deve ficar bem líquida e saborosa. 
É como o vinho, com atenção é possível sentir cada um dos sabores dos seus condimentos. Há pessoas que a fazem de modo extraordinário.

Serve-se bem quente, sobre sopas de pão alentejano(partido aos quadradinhos do mesmo tamanho da cachola que se fritou ) em pratos fundos ou tigelas, e juntam-se em cada prato alguns pedaços de cachola e de bofe, que se confundem com as sopas e só se distinguem na boca.
Há outras receitas. Há quem faça um refogado com salsa e cebola e junte.
Mas esta é a minha preferida, e quem a faz tem quase 90 anos, e muita saúde tenha para a continuar a fazer!


O PORCO,DOS MONTADOS A MESA . A MATANÇA DO PORCO

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

AS PONTES DO NOSSO ALENTEJO



Ponte Romana de Oriola foto e texto omelhoralentejodomundo
Agora, meus amigos e amigas, um pouco de história:
Esta Ponte Romana fica situada junto á aldeia de Oriola, a meio caminho entre Portel e Viana do Alentejo e actualmente encontra-se submersa pelas águas da Barragem do Alvito.
No tempo do Império Romano, esta ponte era parte integrante da estrada que ligava entre si Pax Julia (Beja) a Ébora Augusta (Évora) e Salatia (Alcácer do Sal).
Perto, mas da outra margem, ficam as ruinas da Igreja de Nª Sra da Assumpção de Oriola...
Em Oriola, percorra as suas ruas estreitas e caiadas. Aprecie um bom petisco na taberna do Zé Mau e disfrute do Pôr-do-Sol sobre a barragem. Tenho a certeza que não se vai arrepender...

AS PONTES DO NOSSO ALENTEJO




Ponte romana sobre a ribeira de Odivelas - Cuba, 

AS PONTES DO NOSSO ALENTEJO



 Portalegre


Monte da Pedra Ponte do Sume fotos de mbc

AS PONTES DO NOSSO ALENTEJO


Arco da Ponte Romana, Nisa

• Portugal • Distrito de Portalegre
Nossa Senhora da Graça
fotos de Andre Figueira

AS PONTES DO NOSSO ALENTEJO



  Distrito de Portalegre
Monte da Pedra Ponte do Chamiço fotos de mbc

PONTES DO NOSSO ALENTEJO




Ponte Romana Safara Baixo Alentejo 

Mais um exemplar de uma Ponte Romana de três arcos de corta águas,atravessa a ribeira Safareja.Sem dúvida de que podemos nos orgulhar,pelo facto de estar bem conservada,e bem visível,e principalmente bem conservada. foto geocaching

SAUDADE DO ALENTEJO



**BOA*NOITE*GRUPO**

********SAUDADES******

sábado, 27 de dezembro de 2014

GRUPO CORAL OS TRABALHADORES DE ALCAÇOVAS

ERMIDAS E IGREJAS DO ALENTEJO-------IGREJA QUE SE ENCONTRA NO RECINTO DA FEIRA DE S. MATEUS EM ELVAS------- FOTO DE MOITAS-MOITAS


Moitas Moitas

Elvas S. Mateus 
A Feira de Elvas

Há sessenta anos atrás, a feira de Elvas era ainda um acontecimento importante na vida dos que viviam em Campo Maior. Minha avó materna era de um entusiasmo total pelo São Mateus. Muitos dias antes já ela tinha começado os preparativos: apalavrando os carros para o transporte; comprando os enchidos; confeccionando os bolos; juntando ingredientes e condimentos para preparar as comidas.
Nós éramos dos que partíamos mais cedo e, muitas vezes, éramos também dos que mais tarde regressávamos. Na véspera da partida, começavam-se a juntar as coisas na sala de entrada da casa da minha avó: colchões, mantas, trouxas de roupas, cestos com loiças e outros com comidas, cadeiras desdobráveis, mesas desmontáveis.
Abalávamos para o São Mateus, em tribo todos metidos nos carros de canudo que nos transportavam caminho da cidade. Com o carro do meu tio e mais dois que se alugavam, fazíamos um luzida caravana que cuidava de abalar cedo para ocupar os lugares que minha avó estrategicamente tinha escolhido como sendo os melhores. Chegados, armávamos o acampamento dispondo os carros à volta do espaço que seria o nosso habitat durante os dias de permanência na feira. Naqueles dias éramos um pouco ciganos.

A feira do São Mateus era o período de férias que anualmente nos eram concedidas. Permanecíamos cerca de oito dias acampados no Sítio da Piedade no meio dos olivais. Os bons negócios faziam-se com calma depois de passado o rebuliço dos três dias oficiais que devia durar a feira. Por isso, depois da feira acabada é que se concretizavam algumas compras como os “peros” ou maçãs cheirosas e doces que vinham do Algarve, as facas, os barros dos louceiros do Redondo e o “peixe-leitão”, uma espécie de cação seco, que se usava para cozinhar saborosas sopas de pão.
Feitas as compras organizava-se o regresso. Cansados dormitávamos ao embalo dos carros sabendo que, no próximo ano, estaríamos de volta àquele local.

ERMIDAS E IGREJAS DO ALENTEJO



Castro da Cola-Ourique

ERMIDAS E IGREJAS DO ALENTEJO




Igreja de São João Batista em Moura 

Foto: Raul Branco

ERMIDAS E IGREJAS DO ALENTEJO



Igreja Matriz de Safara, Alentejo.
Situa-se em Safara, distrito de Beja (Portugal) e data de 1500, tendo sido concluída por volta de 1602, quando Portugal estava sob o reinado de Castela.
A igreja apesar de ter sido construída, em parte, nos reinado de Manuel I, não apresenta estilo manuelino, pois apenas as colunas que formam as naves (uma central e duas laterais) são daquele estilo.
Na entrada principal, e de cada lado da porta, há uma coluna pertencente à obra arquitectónica composita, junção feita às ordens arquitectónicas dórica e coríntia. Estas colunas, assim como o tímpano que suportam, são feitas de mármore - estilo maneirista.

...ERMIDAS E IGREJAS DO ALENTEJO


Capela de Santa Margarida em Évoramonte
Foto: Ana Dores


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS -------- ABEGÃO


OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS ------- SAPATEIRO


OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS ------- CESTEIRO


OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS --------- TABERNEIRO


OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS -------- ÁGUADEIRA




NA MONDA NA CEIFA E OUTROS TRABALHOS SANZONAIS DO CAMPO TODOS OS DIAS AO ÍNICIAR O TRABALHO O MANAGEIRO DESTACAVA  UMA PESSOA  QUE TINHA COMO TAREFA DESLOCAR-SE HÁ FONTE MAIS PROXIMA DA FOLHA ONDE SE ENCONTRAVAM A TRABALHAR COM O FIM DE CARREGAR ÁGUA NUMA QUARTA DE BARRO E DEPOIS DAR ÁGUA COM UM CUCHARRO DE CORTIÇA A CADA PESSOA QUE FAZIA PARTE DESSE RANCHO .ESSA PESSOA ERA APELIDADA DE ÁGUADEIRA

..OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS --------- CEIFEIRA


.OFÍCIOS E PROFISSÕES ANTIGAS -------COSTUREIRA



quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O NATAL NA MINHA TERRA

O Natal na minha terra (Santana da Serra) OURIQUE era 

passado de 

forma tradicional.


No dia 24 cozia-se o pão a minha Mãe fazia bolos de 

canudo 

com recheio de chila, bolo da massa do pão e filhós 

estendidas!

No dia 25 o pequeno 

almoço era mais abundante que o habitual... fazia-mos 

fatias 

de ovo,servia-se a carne que estava na banha na panela de 

esmalte(era um pitéu delicioso) o café feito na esculateira 

ao 

lume de lenha de azinho!

O almoço era arroz de cabidela, e á noite um jantar d

couve 

com carne de porco cozinhado em panela de barro á lareira!

a seguir ao jantar jogavamos ás cartas intervalando com um 

cálice de aguardente de medronho e uns sonhos de 

abóbora!...

PRENDAS?.....nem vê-las.....



GRAÇA BASILIO

ALGUMAS ENTRE MUITAS OUTRAS IGUARIAS DE NATAL QUE SE FAZEM PELO ALENTEJO






BOAS FESTAS E UM BOM E FELIZ NATAL




CAMINHAMOS A PASSOS LARGOS PARA O NATAL.. SEM DUVIDA UMA ÉPOCA INSPIRADORA E QUE PERMITE DEMONSTRAR QUE O MUNDO PODERIA REALMENTE SER MUITO MELHOR.. DESEJAMOS A TODOS OS AMIGOS DO GRUPO ALENTEJO TERRA E GENTE UM FELIZ NATAL 2014.. BEM HAJAM 

Lindo Presépio Vivo em Elvas.. 
Foto: © José Trindade.