JOSÉ DA SILVA MÁXIMO, de Santo António das Areias, fala-nos hoje desse bem tão precioso que é a água. E fá-lo nos seguintes termos:
A água é fonte de vida
De incalculável valia;
Sem água em certa medida
O Mundo nada seria
A água corre p’ró mar
Mal acaba de nascer,
Começa logo a correr
Nem aprendeu a andar!
Ao oceano vai parar
Numa ambição desmedida,
Connosco fica retida
A água que nós bebemos,
Pois no Mundo em que vivemos
A água é fonte de vida.
Moveu azenhas, passou,
Tudo levou de vencida,
Num desvio, de fugida,
Muitos terrenos regou;
Essa água que ficou
Parou sua correria,
Não produziu energia
Mas p’ra todo o ser vivente,
A água é realmente
De incalculável valia.
A água, seja onde for
Lago, rio, fonte ou poço
Ou no mar, esse colosso
É dum enorme valor!
Inodora e incolor,
Nem sempre é bem recebida,
Essa agradável bebida
Para nós imprescindível,
Pois a vida era impossível
Sem água em certa medida.
Quando falta, é desejada;
Se é demais aborrecida
Mas quando vem bem chovida
É bem aceite e louvada!
Água do mar é salgada
Essa enorme bacia,
Mas é certo todavia
Que tem a sua importância,
E sem ela em abundância
O Mundo nada seria.