quarta-feira, 29 de outubro de 2014

. OS TRAJES DO ALENTEJO



Eu alentejana me confesso
Com saudade da terra amada
Que com meu amor professo

Pela terra onde nasci e fui criada.

Sofri quando pra longe parti
Ainda a dor me acompanha
Com esta saudade tamanha
Que guardo sempre por ti
Linda cidade tão prendada
De artesanato e gente honrada
No amor que por ti tenho
Em te elevar eu faço empenho
Para te mostrar o meu apreço
Eu...alentejana me confesso.

Lembro tuas lindas tradições
Teus momumentos tão belos
Lugares simples e singelos
Que alegram nossos corações
Recordo quando trabalhava
No campo e não me cansava
Com tanto calor no verão
E no inverno gelava o coração
Hoje vivo mais amargurada
Com saudades da terra amada.

Conhecia todas as herdades
Nos arredores de São Bento
Por esse concelho a dentro
Caminhava sem vaidades
Aprendi a monda e a ceifar
Azeitona andei a apanhar
Muito trabalhei nas hortas
Hoje ao ver as tuas portas
Valorizo mais este apreço
Que com meu amor professo.

Era feliz na paz dos campos
Ia para a escola ainda menina
Ainda que fosse tão pequenina
Sabia dar valor aos encantos
De ouvir os pássaros chilrear
Os grilos no campo a cantar
Os rebanhos por ali a pastar
E os trabalhadores a labutar
Hoje sinto-me mais apaixonada
Pela terra onde nasci e fui criada.

De Arlete Anjos
16/10/2014