Um espaço para revisitar as emoções vividas no Grupo do Facebook: Alentejo-Terra e Gente
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
RÁDIO CASTRENSE
Já la vão vinte e cinco anos
Que esta rádio começou
É de todos os alentejanos
E de quem por ele passou
Rádio ativa e interessante
Com programas de encantar
É a alegria do emigrante
Que em portugal não pode estar
Com cante alentejano
Gentes da nossa terra
Só um bom provinciano
Canta mesmo atrás da serra
Onde os poetas participam
E adivinhas são colocadas
De longe e de perto todos ligam
Fazem fila pras chamadas
Roda viva,ás quintas feiras
Num serão bem animado
Pra ouvir o património
Na rádio castrense sintonizado...
M.Medeiros 26/01/2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Arronches, 20 Fevereiro 2008
Joaquim carvalho, de 86 anos, toda a vida foi Abegão (carpinteiro de obra grossa). É dos poucos no alentejo a construir e restaurar carrocas.Devido à "vida difícil" e "constante miséria" em que a família vivia, Joaquim Carvalho, natural de Alter do Chão, teve que rumar, em "cachopo", até Arronches, para casa de uns familiares.Hoje, reconhece que a arte de abegão "é uma pérola que, infelizmente, se está a perder".... "Eu gostava de ensinar aos jovens esta arte, mas há uns 12 anos tive aqui um aprendiz que só aguentou dia e meio de trabalho. É uma pena a juventude só se interessar pelas discotecas e dormir durante o dia", lamentou.O abegão alentejano, que toda a vida construiu carroças, reconhece que o que foi para si uma grande responsabilidade, noutros tempos, é agora um "simples biscate", entre as quatro paredes do casarão onde trabalha.Entre as divisórias da oficina, com teias de aranha e o chão em terra batida, onde todas as manhãs se dedica às carroças, Joaquim Carvalho tenta descontrair do "stress" vivido em casa, espaço em que cuida da mulher, "necessitada de cuidados de saúde permanentes"."Só venho para aqui de manhã, já não tenho pernas, nem saúde para mais", diz à Lusa, enquanto mostra um rolamento que vai usar para construir a roda de uma carroça.Instado a revelar quanto é que custa uma carroça, Joaquim Carvalho responde prontamente, sem esconder o que vale a sua arte: "Custa cerca de 600 euros"."Mas, normalmente nunca posso avançar com um preço certo, porque tenho que contar também com o trabalho elaborado pelo ferreiro", sublinha.Enquanto movimenta, embora com dificuldade, uma roda para ser restaurada, o abegão explica que leva cerca de quinze dias a recuperar uma carroça e cerca de um mês a construir uma de raiz."Aqui só trabalho com madeira de azinho, não entra mais nada", afiança, orgulhoso, enquanto recorda histórias de uma vida, momentos em que a profissão de abegão era reconhecida e importante na vida do povo português.No interior do casarão onde trabalha, o octogenário dedica-se ainda a executar outros trabalhos em madeira, mas a sua verdadeira paixão são as carroças.Não fosse ele um homem natural de Alter do Chão, vila onde o cavalo é "rei e senhor" e a carroça uma das peças fulcrais da história de um tempo recente.Ao final de cada dia, o abegão sonha de imediato com a manhã do dia seguinte, certo de que, quando abrir o cadeado que tranca o velho portão em madeira da sua oficina, logo será visitado por turistas que se interessam pela sua arte."É uma boa recompensa ser visitado e observar que as pessoas apreciam aquilo que faço. Ganho logo o dia", conta, satisfeito.Lusa/
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
É TÂO LINDA A PRIMAVERA
No tempo da primavera
É um gosto ir passear
Com tanta flôr nascida
Sem ninguém as plantar
O autor da natureza
Teve a honra e o condão
De formar sem excepção
Tudo com certa beleza
Dá que fazer de certeza
A quem isto bem considerar
Tudo se pôe á espera
Daquele tempo bendito
Pôe-se o campo tão bonito
No tempo da primavera
Nasce um jatdim tão decente
Até nos dá confusão
Trás uma preparação
Para o gosto de toda a gente
Não deve haver mesmo um ente
Que não goste de admirar
Tanta flôr a brilhar
com sua côr juvenil
Por isso em vindo abril
É um gosto ir passear
Há rosas há assucenas
Lirios cravos saudades
De todas há quantidades
Que se não sabe ás centenas
Umas grandes outras pequenas
Com a sua forma de vida
O que admira em seguida
Falo franco e verdadeiro
Não se vê um jardineiro
com tanta flôr nascida
Quando o sol de verão cair
Secam-se não tornam mais
Mas vêem outras iguais
Na primavera a seguir
Em começando a surgir
É um gosto reparar
Vêlas a desabrochar
Do seu tempo não se esquecem
Como é que elas aparecem
Sem ninguém as plantar.
António Canilhas:
MANUEL GRAÇA POETA POPULAR--- SE O TEMPO VOLTAR A TRÁS
Se isto um dia mudar
Não há quem seja capaz...
Nem quem saiba trabalhar
Em outros tempos de então
Neste nosso PORTUGAL
A agricultura tradicional
Era o sustento da população
Mas poucos dos que cá estão
Ainda sabem como se faz
E ter a força tenaz
Que tinham os nossos pais
Será nos extremos finais
Se o tempo voltar a trás
Quem tem menos de quarenta
Se calhar nunca semeou
Nem num arado pegou
Nem sabe o que representa
O tempo que leva a criar
Nem sabe o pão que o sustento
Nem sabe o que é enrregar
Nem pegar num sementeiro
É um problema verdadeiro
Se isto um dia mudar
Não sabem o que é uma relha
Nem lavrar com uma charrua
Não sabem o que é terra crua
Não sabem o que é uma chavelha
Uma canga de junta ou de parelha
Não destingue qualquer rapaz
Só alguem percepicaz
Verá pelos próprios olhos
Ceifar e atar em molhos
Não há quem seja capaz
Esta nova geração
Esse tempo não conheceu
Por isso não aprendeu
Não é admiração
Saber como se produz o pão
Com animais a debulhar
Na eira e depois limpar
Tudo isto e muito mais
Nem lidar com os animais
Nem quem saiba trabalhar
Autor .Manuel Silva Graça
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
ENTREVISTA AO DIÁRIO DO ALENTEJO A PROPÓSITO DA CANDIDATURA DO CANTE A PATRIMÓNIO
"DA" de 13/1/2012
A PROPÓSITO DO CANTE A PATRIMÓNIO
Como encara esta candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade?
- Saúdo pessoalmente esta, ou qualquer outra candidatura que tivesse
surgido com o intuito de sublinhar a relevância etno musical que o
cante merece, transpondo para um fórum internacional o reconhecimento
que dentro de portas nem sempre se tem conseguido.
È nosso entendimento que a classificação do cante como Património da
Humanidade deve ser o culminar de um processo iniciado pela "MODA" -
Associação do Cante Alentejano que logrou alcançar a classificação da
nossa expressão vocal mais autentica,como património imaterial local,
pela quase totalidade dos municipios do Alentejo e mesmo, por algumas
autarquias da área da grande Lisboa.
Considero que deveria ter havido préviamente uma tomada de posição
regional e nacional sobre a valia do "cante" e depois, avançar-se-ía
para a classificação pela Unesco. Mas isto é um pormenor, prende-se
com oportunidades e timings que eu desconheço e tal não invalida a
minha total concordância com a substância da candidatura, conforme
Manifesto que redigi e circula como petição na internet que reune já
cerca de mil e quinhentas assinaturas.
No seu entender, o grupo de entidades que está a desenvolver a
candidatura está a saber envolver a globalidade dos grupos e dos
agentes que se movem na área do "cante" (seja em termos de maior
envolvência geográfica, politica, etc....) ou considera que ainda há
algum trabalho a fazer neste campo? Que sugestões pode dar neste
aspecto?"
- Quanto à genese desta candidatura, de nada serve pensarmos que
poderia ter tido um surgimento diferente. Nasceu de cima para
baixo,quando as searas crescem de baixo para cima. Mas existe , está
no terreno e o que importa é tudo fazer para apoiar o seu propósito.
Porém, entendo que antes do seu lançamento e não depois, deveria ter
sido procurado o envolvimento dos interpretes e baluartes da moda ( só
no passado domingo foi feito o primeiro contacto com os grupos corais
em Lisboa).Julgo que a dinâmica de lançamento da candidatura deveria
ter sido partilhada desde o início com todas as autarquias onde
existem grupos corais, para que o palco do cante fosse o Alentejo e
não o concelho de Serpa, como está a acontecer.
Por outro lado, assisto com alguma apreensão à exclusão ,no momento da
partida, de nomes importantes da cultura alentejana, designadamente da
área do cante, em favor de outras entidades que embora de proa a nível
nacional, sempre foram alheios ao nosso cantar.
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
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