"
A OLIVEIRA Ó linda e bela oliveira, De velho tronco cinzento, Quando por ti perpassa e esvoaça o vento, As tuas folhas cantam-nos baixinho Desta maneira, Devagarinho: - «Eu dou azeite brando, Que tempera e alumia; Eu acendo a luz do dia, Quando a noite vem tombando. Em casa do pobre eu sou O gosto do seu jantar... Coitado de quem andou O dia inteiro a cavar!» Afonso Lopes Vieira 1878 – 1946 |