terça-feira, 12 de março de 2013

POESIA / POEMA DE MARIA SILVÉRIA DOS MARTIRES







O MEU ALENTEJO

Do teu campo, brota vida
Que acende , o lume apagado
Eu por ti , ando perdida
Sem ti , sou terra sem arado

Vejo , ondular, as searas
As papoilas gritam liberdade
Se o Alentejo desprezas
Pensa bem
Alentejo , merece lealdade

Alentejanos, cantam com o coração
O seu canto é lindo e dolente
Para combater a solidão
Põe nele sua alma ardente

Vai cantando, vai chorando
Entre os rios e ribeirinhas
Parece que está pedindo
Esta paz, ao céu e às estrelinhas

O meu olhar não atinge tão grande 
Profundidade
Tanto sobreiro, oliveira e azinheira
É tão grande esta saudade
Meu peito por ti suspira

Neste silêncio, eu medito
Transcende-me, é para mim
Um mistério
Há um segredo em tudo isto
Alentejo , diz-me lá do teu império?
12-03-2013

Maria Silvéria dos Mártires