O MEU ALENTEJO
Do teu campo, brota vida
Que acende , o lume apagado
Eu por ti , ando perdida
Sem ti , sou terra sem arado
Vejo , ondular, as searas
As papoilas gritam liberdade
Se o Alentejo desprezas
Pensa bem
Alentejo , merece lealdade
Alentejanos, cantam com o coração
O seu canto é lindo e dolente
Para combater a solidão
Põe nele sua alma ardente
Vai cantando, vai chorando
Entre os rios e ribeirinhas
Parece que está pedindo
Esta paz, ao céu e às estrelinhas
O meu olhar não atinge tão grande
Profundidade
Tanto sobreiro, oliveira e azinheira
É tão grande esta saudade
Meu peito por ti suspira
Neste silêncio, eu medito
Transcende-me, é para mim
Um mistério
Há um segredo em tudo isto
Alentejo , diz-me lá do teu império?
12-03-2013
Maria Silvéria dos Mártires